quarta-feira, 9 de maio de 2012

Província do Namibe – “Terra da Welwitschia mirabilis”

Toda Angola é de área bastante fértil, com exceção do Deserto do Namibe, um dos mais antigos do mundo, que começa ao sul de Benguela (já com influência climática do deserto) fazendo fronteira com a Namíbia e estende-se pela Reserva do Namibe até o Parque Nacional do Iona – os quais fazem divisa entre si e abrigam a planta Welwitschia mirabilis. A Província do Namibe, no sul de Angola, é um dos pontos mais privilegiados do país em termos de diversidade paisagística, pois tem mar, savana e deserto com dunas que podem chegar a 300 metros de altura. A capital da província, cidade de mesmo nome (antigamente chamada de Moçamedes), oferece no mês de março a famosa Festa do Mar. ► Reserva Natural Regional do Namibe Estabelecida em 1957 como Reserva Parcial por período limitado, é Reserva Regional desde 1960. Localizada no extremo sul do país, perto da cidade costeira de Namibe. Ocupa uma área de 4.450 km², mas em 1973 perdeu 290 km² para a cidade do Namibe. Limites Naturais: limitada ao norte pelos rios Bero e Cubal até ao Muol, a leste pelos rios Atchinque e Curoca. A oeste pela linha da costa entre a foz do rio Bero (na cidade de Namibe) e a foz do rio Curoca (Baía de Tombua, ao lado da cidade de mesmo nome). Descrição: Ocupa uma área desértica com grandes dunas de areia, que termina em escarpas montanhosas. A temperatura média anual é de 20°C, mas a escassa pluviosidade (cerca de 50 mm anualmente) só permite a sobrevivência de plantas adaptadas ao deserto. Apesar do meio ser pouco propício à manutenção de fauna, podem ser encontrados: búfalo, cudu, elefante, girafa, gnu, hipopótamo, impala, lechwe, órix, palanca-negra, rinoceronte-negro, sitatonga, topi e zebra-da-montanha. No passado foi conhecido como a área de maior variedade de antílopes em Angola. Recebe visitantes desde 2002. ► Parque Nacional do Iona Estabelecido como Reserva de Caça em 02/10/1937, tornou-se Parque Nacional desde 26/12/1964. Localizado no sul de Angola, cerca de 200 km da cidade do Namibe, entre o Oceano Atlântico e os rios Cunene e Curoca. Ocupa uma área de 15.150 km². Limites Naturais: Limitado ao norte pelo rio Curoca, ao sul pelo rio Cunene (o qual faz fronteira com a Namíbia), a oeste pelos rios Cunene e Curoca e, a leste, pelo rio dos Elefantes. Descrição: Considerado o maior parque do país, estende-se das dunas de areia junto ao mar, até às Montanhas Tchamalinde, a leste. O centro do parque é de planícies abertas. A pluviosidade média anual varia entre 100 mm a 500 mm, aumentando à medida que nos afastamos do mar. Existem trinta e uma fontes naturais dentro do parque. Há três tipos de vegetação: anharas, dunas com arbustos e planície de savana com pequenos arbustos. O animal mais emblemático é a zebra-da-montanha, também foi a palanca-negra (hoje, praticamente extinta), mas outros mamíferos podem ser encontrados: cudu, dik-dik, elefante, girafa, órix, ainda chacal, leão, guepardo e hiena-manchada. A população desses animais é desconhecida e algumas espécies como o rinoceronte-negro, provavelmente foi extinta. O parque começou a receber visitantes em 2001, em viagens organizadas a partir da Namíbia. Antes da Guerra Civil Angolana, Iona foi considerado um “paraíso animal, rico em safáris”. Muito conhecido também por sua flora única e suas formações rochosas. Porém, caçadores ilegais e a destruição da infraestrutura causaram considerável dano a esse parque...
Acima, máximo postal, o qual não tenho... Abaixo, FDC com cachê que mostra elefantes no “Iona National Park”. Ambas as peças filatélicas compreendem uma série emitida em 25/06/1991: “Ano Africano do Turismo”, como mostra o carimbo comemorativo.

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